Apraz-me caminhar sem destino
em espaço aberto
sem saber ao certo
aonde me leva o caminho
nem mesmo se regresso
Andar a esmo
à sorte
às voltas a mim mesmo
pelo verso
pelo anverso
e de reverso
sem tempo
sem norte
nem tino
Indiferente ao sol
à chuva e ao vento
com o pensamento disperso
no mundo da poesia meu modo de viver
crisol do meu entendimento
farol do meu acreditar
A vida é uma batalha perdida
que é forçoso travar
ainda que saibamos
que acabamos por morrer
Só com amor a podemos ganhar
forçoso é viver
Vale de Salgueiro, domingo, 13 de Setembro de 2009
Henrique António Pedro